Turbilhão

Os minutos passavam. Discurso na mão, uma voz ao longe pronunciava meu nome.
Era minha vez.
Aqueles passos que dei até o microfone foram os mais longos. Não sabia se era por causa da aversão ao público ou era o momento que exigia que eu não chorasse. 
"Tudo bem, não vou chorar, nem está tocando 'Wake me up when september ends'". Decidi que não olharia para ninguém que conhecia naquele lugar.
No começo, a voz parecia sumir e tudo parecia girar. As palavras começaram a sair como um tropeço, mas olhei ao fundo e percebi a linda luz do sol e tudo pareceu ter sentido. Sempre haverá um amanhã.
E sempre haverá mudanças.

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